O curso de Arquitetura e Urbanismo das Faculdades Integradas Aparício Carvalho (FIMCA) trouxe as arquitetas e urbanistas Carolina Fomin, formada pela Universidade Mackensie e especialista em acessibilidade, e Kaísa Isabel, formada pela Universidade de São Paulo e especialista em gestão, para palestras sobre o tema “Acessibilidade: Um direito de todos”, direcionadas aos graduados do curso.
De acordo com o Coordenador do curso de Arquitetura e Urbanismo da FIMCA, Professor Cláudio Roberto Pereira, a experiência das duas arquitetas em muito contribuiu para ampliar os conhecimentos dos graduandos no tocante ao tema abordado, tendo em vista as peculiaridades, as particularidades e as orientações transmitidas durante as palestras. “Como são profissionais de renome em todo o país decidimos trazê-las para que ministrassem palestras aos graduandos do curso, tendo em vista que proporcionar uma formação de qualidade é prioridade da FIMCA”, disse o coordenador, acrescentando que o tema teve como proposta também conscientizar as autoridades do Município, levando em conta que Porto Velho é uma cidade muito carente no tocante à acessibilidade.
Nas palestras, a arquiteta Carolina Fomin destacou que a acessibilidade humanista não é apenas destinada às pessoas com deficiências, mas para todas, fato que exige a elaboração de projetos bem mais amplos. “O ambiente é deficiente se não oferecer condições favoráveis à acessibilidade. Assim sendo, é preciso projetar o espaço aonde vamos viver, especialmente porque acessibilidade não é só elaborar projetos para contemplar a lei, mas por respeito a todas as pessoas”, disse a arquiteta.
Carolina Fomin acentuou que, em algum momento da vida, todas as pessoas precisarão de acessibilidade, sendo, por isso mesmo, fundamental olhar com mais carinho para essa necessidade. “Falta conscientização da própria população, sendo importante que nos coloquemos no lugar do outro para que possamos analisar a sua necessidade. É preciso projetar mobilidade urbana para as pessoas, por respeito às pessoas”, frisou a arquiteta, destacando que os projetos de mobilidade urbana devem ser mensurados para atender idosos, obesos, crianças, mães que transportam seus bebês em carrinhos, pessoas com muletas, gestantes, cadeirantes e pessoas de baixa estatura. “É preciso projetar de forma humana”, alertou. Kaísa Isabel acrescentou que não se deve apenas preocupar-se com as normas, mas atender a todas as pessoas, garantindo autonomia, conforto e segurança. “É preciso conscientização e sensatez para que possam ser removidas as barreiras atitudinais”, completou. Mostra de trabalhos produzidos pelos graduandos, no saguão do Prédio Neoclássico, também constou da programação.