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TURISMO, DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, DIA INTERNACIONAL DA FLORESTA E DA ÁGUA: REFLEXÕES INEVITÁVEIS

21/03/2007 às 14h49min

O turismo contemporâneo é um grande consumidor da natureza e sua evolução, nas últimas décadas, ocorreu como conseqüência da “busca do verde” e da “fuga” dos tumultos dos grandes conglomerados urbanos pelas pessoas que tentam recuperar o equilíbrio psicofísico em contato com os ambientes naturais durante o seu tempo de lazer.


 


Em conseqüência disso, o surgimento de temas como a educação ambiental e o turismo sustentável, criou assim, oportunidades para discussões à cerca da degradação do meio ambiente, pois disso depende a sobrevivência biológica.


 


Desde os primórdios da humanidade há indícios da luta contra a contaminação ambiental. Isto se tornou mais evidente após a ocorrência da Revolução Industrial, porém somente em 1967, o Conselho Europeu classificou os agentes poluentes da atmosfera.


 


As indústrias que provocam combustões de todo tipo, a emissão resíduos de combustíveis por veículos automotivos e rejeitos químicos, são fatores inerentes ao mundo moderno, que contribuem de forma direta ou indireta para a ocorrência do efeito estufa e a redução da camada de ozônio. Sem falar no desmatamento, na chuva ácida que afeta regiões com elevado índice de industrialização, nos derramamentos de petróleo, na falta de saneamento básico com esgotos a céu aberto, no uso indiscriminado e abusivo de adubos orgânicos ou fertilizantes, no emprego inadequado da energia nuclear e materiais radioativos, no excesso de calor que origina a poluição térmica e, quem diria, até o som pode causar efeitos nocivos sobre o homem e a natureza, causando a poluição sonora.


 


Em relação a poluição da água, o caso parece ser ainda  mais dramático, pois afeta várias etapas do ciclo biológico que mantém o nosso ecossistema.


 


A água é um dos mecanismos propulsores do progresso nacional. Uma riqueza imensa, fonte de vida, pois gera alimentação a milhares de pessoas, irrigando as terras de nossa agricultura e funcionando como base para as grandes barragens hidrelétricas. Sem falar da navegação, já que em muitas regiões, como é o caso da Amazônia, este é o único meio de transporte.


 


Muitos rios estão condenados à morte, por falta de uma política ambiental adequada que envolva e conscientize a comunidade de que este recurso natural, não é inalterável e imortal.


 


O problema da contaminação da água tem relevância mundial e muitas soluções vêem sendo criadas para evitar ou ao menos minimizar o fato. Estas tentativas vão desde o tratamento de esgotos até processos que transformam a água do mar em água potável através da dessalinização.


 


Em tempos onde assuntos como aquecimento global, desmatamento desenfreado, utilização irracional dos recursos hídricos, acúmulo de lixo e todas as formas possíveis de poluição, já não estão restritos ao livros de Geografia ou ficção científica, a exploração econômica dos recursos ambientais pelo turismo, obriga à elaboração de um planejamento que organize e racionalize esse processo, levando em conta que a luta para a preservação de certos espaços naturais visa manter e valorizar a comunidade que ali vive criando assim mecanismos para o desenvolvimento da educação ambiental.


 


O desenvolvimento turístico só deve ocorrer como conseqüência de uma política de planejamento cuidadosa, estruturada sobre ideais e princípios de bem ? estar e de felicidade das pessoas. Os problemas ambientais dos países não poderão ser solucionados sem uma economia forte e em crescimento, e o turismo pode contribuir para criá-la.


 


O homem que transforma o ecossistema também pode planejar sua proteção, tornando sua existência compatível com toda a biosfera. É por isso que a proteção ambiental requer um planejamento coerente da economia, da política ambiental e dos usos da tecnologia. Nunca se poderá iniciar uma boa proteção sem considerar a principal crítica do movimento ecológico à sociedade atual, isto é, que os modelos atuais de desenvolvimento não consideram os danos ao meio ambiente.


 


Para o turismo, o meio ambiente é um recurso imprescindível e indispensável a ser utilizado de forma cada vez mais abrangente, e é exatamente por isso que, para a indústria do turismo, a interferência do homem no meio ambiente é incompatível com as novas tendências desta atividade, capaz de promover o equilíbrio social, cultural, político e ambiental. TEMOS FLORESTA, TEMOS ÁGUA ……POR QUANTO TEMPO AINDA?


 


 


 


O autor do texto é professor José Marques de Oliveira Júnior ? Docente da Disciplina de Planejamento no Curso de Turismo Ambiental da FIMCA. Turismólogo, Especialista em Ecoturismo : Interpretação e Educação Ambiental, Pós-graduado em Docência do Ensino Superior e Metodologia do Ensino da Língua Inglesa, Mestrando em Gestão e Auditoria Ambiental.


 


 


foto/legenda – Professor José Marques

Fonte: Assessoria de Imprensa FIMCA

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