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Professor da FIMCA fala sobre a necessidade de pesquisar o vírus da dengue

24/04/2008 às 18h31min

No ano de 2006, o setor de pesquisa de uma Instituição, reconhecida o IPEPATRO, o Instituto de Pesquisa de Patologias Tropicais de Rondônia, isolou o vírus do dengue 2, em P. Velho, de modo que, a epidemiologia do dengue, agora se encontra com os três sorotipos na capital, sorotipos 1, 2 e 3, aumentando assim o risco da dengue hemorrágica na nossa população.


 


No estado todo, o único setor que realiza esse tipo de trabalho é a unidade de virologia do IPEPATRO, e sua importância nos dias atuais, com a possível implantação de usinas hidrelétricas na região da Ponta do Abunã, deve ser revista, principalmente, com do aumento populacional esperado de trabalhadores e suas famílias sendo os mesmos, possíveis novos susceptíveis a serem infeccionados pelo dengue e outros vírus desconhecidos, até a própria febre amarela, pois estamos vizinhos as selvas que acomodam diversos tipos de febre hemorrágicas em animais silvestres, podendo rapidamente sair das barreiras da selva e atingirem aos seres humanos desavisados como: madeireiros, pescadores de fim de semana, caçadores eventuais e até pessoas que entram nas mesmas por diversos motivos, incrementando novas infecções de viroses desconhecidas, não vamos nos enganar, essa possibilidade, é real e o enfrentamento de surtos epidêmicos de viroses desconhecidas e da própria dengue, uma vez instalada, tendo como suporte uma massa de mosquitos de diversas espécies, sem controle, as unidades de saúde, instaladas nestes distritos, na Ponta do Abunã, não serão suficientes para atender a quantidade de novos pacientes febris infeccionados com estas viroses, é uma” verdadeira operação de Guerra,” como cita TAUIL, 2002 (Aspectos críticos do controle do dengue no Brasil).


 


 O histórico e a evolução desta doença, que é uma afecção febril, características de regiões tropicais com altos índices de mortalidade em populares susceptíveis em todo mundo, sendo reconhecida como a arbovirose de maior importância em saúde pública, Segundo GUBLER,1997 (Epidemic dengue/dengue haemorrhagic fever global public heath problem in the 21 st century), e são mantidos na natureza por mosquitos do gênero Aedes, que possuem hábitos domiciliares e suas femeas fazem sua ovoposição, isto é, põem seus ovos em depósitos artifíciais de água nos domicílios ou Peri-domicílios (GUBLER, 1997). Dessa forma se utilizando da falta de infra-estruturar nas cidades, para sua perpetuação e continuação do ciclo da doença viral.


O DENV é classificado, de acordo com suas propriedades antigênicas em quatro sorotipos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4.


 


 A infecção por qualquer um dos quatro sorotipos pode causar, desde um simples estado febril até um quadro complicado de sintomas hemorrágicos, que se não cuidado pode levar ao óbito.


 Esta doença esta bem descrita na cronologia da mesma, introduzida em 1997, neste estado onde o primeiro surto aconteceu no ano 2000, com uma incidência de 263,4 por mil habitantes, em 2001 o IPEPATRO, identificou o sorotipo do dengue 1, na capital do Estado, acompanhando a dengue clássica, apareceram os primeiros casos de dengue hemorrágicos em 2002.


 


Verificando que, no ano de 1997 com 55 casos de dengue clássica notificados, em 2002 foram 3450 casos e em 2003 o total de 5971 casos, demonstrando assim, o avanço desta virose, além da dispersão do mosquito Aedes aegypti, em todos os municípios do Estado, dados estes fornecidos pela Secretária de Saúde do Estado e a mesma em conjunto com Instituto Fundação Oswaldo Cruz, do Rio do Janeiro, também aconpanharam os primeiros casos de síndrome neurológica pós infecção pelo vírus do dengue, em diversos municípios de Rondônia de 2004 a 2005.


 


As maiores epidemias do dengue aconteceram nos anos 2000, 2003 e 2005, com os sorotipos 1 e 3, aumentando também os casos de dengue clássico e hemorrágico. Verificando-se a introdução do sorotipo 3, do dengue, também identificado pelo IPEPATRO, em diversos municípios e na capital e finalmente em 2006, o sorotipo 2 estava introduzido oficialmente em P. Velho e quais as conseqüências da identificação dos três sorotipos nesta região e a possibilidade da chegada de um quantitativo populacional totalmente susceptível à afecção citada ou a novo sorotipo ainda não identificado, com a deficiência de notificações e pesquisas nestas áreas, não é difícil a previsão destes incautos, com suposta ou não presença do sorotipo do dengue 4, em Manaus (AM), as pesquisas deveriam ser retomadas, devido à atual epidemia e/ou surtos em Porto Velho. A necessidade de pesquisa, apoio e continuação deste segmento no desenvolvimento de suas atribuições, pode colaborar em muito na redução de novos surtos epidêmicos na região da Ponta do Abunã, principalmente em função do enorme quantitativo de recursos humanos esperados neste município. 


 



O autor deste, Belgrano J. C. Alves – Medico – Veterinário ?Sanitarista – Mestre em Ciências pela UNIR e Professor da FIMCA/RO.

Fonte: Assessoria FIMCA

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