Em alusão o dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro, as Faculdade Integradas Aparício Carvalho – Fimca, através dos Cursos de Serviço Social, Arquitetura, Fisioterapia, Psicologia, Nutrição e o Curso de Estética e Cosmética da Faculdade Metropolitana realizam a III Semana da Consciência Negra, o evento segundo seu coordenador professor Gilmar dos Santos acontecerá durante os dias 19 à 22 do mês de novembro, com palestras sobre os seguintes temas: Negros e Políticas Afirmativas com a abordagem da Elsie Shocknesses e Relações étnico raciais, tema que será abordado pela pesquisadora Eliana Gamas Fernandes, nos espaços do Neoclássicos os acadêmicos de Arquitetura e Fisioterapia irá realizar exposições sobre a cultura africana – máscaras, as diferentes construções e personalidades negras da História do Brasil. Aconteceram ainda desfiles sobre a beleza negra, o olhar africano dos acadêmicos e a influência da alimentação e da cultura africana na realidade brasileira.
O professor Gilmar dos Santos, aproveito para convidar toda comunidade da Fimca e da Metropolitana para prestigiarem o evento das III Semana da Consciência e agradeceu o apoio dos coordenadores e demais professores dos cursos citados.
História do Dia Nacional da Consciência Negra
Esta data foi estabelecida pelo projeto lei número 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003. Foi escolhida a data de 20 de novembro, pois foi neste dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.
A homenagem a Zumbi foi mais do que justa, pois este personagem histórico representou a luta do negro contra a escravidão, no período do Brasil Colonial. Ele morreu em combate, defendendo seu povo e sua comunidade. Os quilombos representavam uma resistência ao sistema escravista e também um forma coletiva de manutenção da cultura africana aqui no Brasil. Zumbi lutou até a morte por esta cultura e pela liberdade do seu povo.
A ocasião contará com diversas palestras e atividades realizadas durante o turno manhã e noite, e abordará temas de suma importância como: Religião de base africana; Contribuições dos negros nas artes; o pensamento de Clóvis Moura em relação à temática étnica racial; As lutas dos negros na história em busca de liberdade e cidadania; Importância e perspectivas de mudança na área educacional sobre o racismo. O conteúdo das palestras abordarão discussões e desmistificação dos preconceitos em relação aos afrodescendentes, construídos ao longo da história.
Entre as palestras, o professor de história da UESPI e palestrante, Pedro Pio, fala um pouco sobre o que será abordado na discussão: “As relações étnico-raciais na visão de Clóvis Moura”. “O tema trará a abordagem do autor que traçou uma revisão sociológica e historiográfica acerca do negro e da escravidão na construção da sociedade brasileira, destacando o papel fundamental dos quilombos. Inclusive, foi Clóvis Moura quem cunhou o conceito de quilombolagem, como uma atitude de movimento social de combate às explorações pautadas na cor e no trabalho”, explica o docente.
O professor Pedro afirma ainda que a palestra colocará em pauta livros do autor. “Além de falar da vida e obra do autor, serão abordados alguns livros dele, com destaque para Rebeliões da Senzala (1959), em que ele problematiza a visão romanceada da escravidão brasileira. Clóvis Moura, assim, será tomado com um dos pioneiros dos debates acerca da luta escrava e da consciência negra”, comenta.
Além de dar visibilidade aos aspectos culturais e contribuições dos afrodescendentes nas diversas áreas conhecimento como artes, educação, literatura, ciência, filosofia, religião e políticas públicas, o evento trará de forma reflexiva a consciência negra. Frisando em objetivos como discutir o racismo e os mitos da democracia social.
A ocasião busca refletir sobre as lutas históricas dos afrodescendentes sobre liberdade e cidadania.A intenção será o reconhecimento dos africanos e seus descendentes como seres capazes, politizados e que têm participação ativa na construção do patrimônio cultural e científico da humanidade.
O professor e coordenador do curso de pedagogia-UESPI, Cláudio Araújo, fala sobre a importância de ser discutido em uma universidade um tema como este. “A Universidade é um centro difusor de ciência, cultura, arte e tecnologia. E neste evento serão ressaltados esses aspectos em relação aos negros. Portanto, a importância é dar visibilidade aos conhecimentos produzidos pelos negros e também refletir sobre a discriminação racial, isso é papel da universidade”, situa.
Aberto a toda a comunidade acadêmica, desde a educação básica a ensino superior e graduação, além de gestores de escolas públicas. O evento contará com lançamentos de livros e no final cada palestrante poderá usar o tempo para apresentar e/ou comercializar obras da sua autoria. Os participantes receberão certificados de 20 horas, estando presente em pelo menos cinco palestras do novembro negro.
As palestras acontecerão em datas intercaladas. Dia 01/11 com o ProfºPedro Pio; dia 07/11 com a Profª Lucienia Libania; dia 09/11 com o Profº Solimar Oliveira; dia 14/11 com a Profª Ana Beatriz; dia 16/11 com a Profª Arlete Godinho; dia 20/11 com Juliana Malherme e Enéas Brasil; e 27/11 Profº Werton Costa.
O dia da consciência negra
Esta data foi escolhida por ter sido o dia da morte do líder negro “Zumbi”, que lutou contra a escravidão no Brasil, e é comemorado por todo o território nacional.
A celebração relembra a importância de refletir sobre a posição dos negros na sociedade. Afinal, as gerações que sucederam a época de escravidão sofreram diversos níveis de preconceito.
A data foi estabelecida pelo projeto Lei n.º 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003. No entanto, somente em 2011 a lei foi sancionada (Lei 12.519/2011) pela presidente Dilma Rousseff.
Durante este período, diversas atividades e projetos são realizados nas escolas de todo o país para comemorar a luta dos afrodescendentes. Além disso, tem o intuito de conscientizar a população para a importância desse povo na formação social, histórica e cultural de nosso país.