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GRADUANDOS ENCENAM A TRAJETÓRIA DA ENFERMAGEM NO BRASIL E DESTACAM DOENÇAS TROPICAIS NAS OBRAS DA EFMM

02/04/2015 às 14h10min

Graduandos do 1º período do curso de enfermagem da FIMCA (Faculdades Integradas Aparício Carvalho) mostraram, através da dramaturgia, a trajetória da enfermagem no Brasil, evidenciando o exemplo de Anna Nery, considerada a precursora da enfermagem no País, e destacando as doenças tropicais que mataram milhares de operários durante a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. A atividade, a exemplo do que aconteceu na semana passada, faz parte da Disciplina “A História da Enfermagem”, ministrada pela professora Grace Kelly de Almeida, que faz questão de envolver os seus alunos no contexto da profissão, desde o início, com destaque para a atuação de Florence Nightingale, mulher cristã que projetou a enfermagem ao dedicar-se a cuidar de soldados feridos na guerra da Crimeia.

No Brasil, Anna Justina Ferreira Nery, foi uma enfermeira pioneira. Filha de José Ferreira de Jesus e Luísa Maria das Virgens, Anna Justina Ferreira nasceu em Cachoeira em 13 de dezembro de 1814. Casou-se com o Capitão-de-fragata Isidoro Antônio Nery, em 1837, quando adotou o sobrenome do marido, que viria a consagrá-la como Anna Nery. Dois filhos de Anna Nery eram oficiais do Exército, e ao irromper a Guerra do Paraguai em dezembro de 1864, seguiram ambos para o campo de luta, acompanhados do tio, o Major Maurício Ferreira, irmão de Anna. Anna requereu, então, ao presidente da província da Bahia, o conselheiro Manuel Pinho de Sousa Dantas, que lhe fosse facultado acompanhar os filhos e o irmão durante os combates, ou, que ao menos, ela pudesse prestar serviços nos hospitais do Rio Grande do Sul. Deferido o pedido, Anna partiu de Salvador, incorporada ao décimo batalhão de voluntários em agosto de 1865, na qualidade de enfermeira.

Durante toda a campanha, prestou serviços ininterruptos nos hospitais militares de Salto, Corrientes, Humaitá e Assunção, bem como nos hospitais da frente de operações. Viu morrer na luta um de seus filhos. Terminada a guerra, regressou à sua cidade natal, onde lhe foram prestadas grandes homenagens. O governo imperial conferiu-lhe a Medalha Geral de Campanha e a Medalha Humanitária de primeira classe. Anna faleceu no Rio de Janeiro aos 66 anos de idade, em 20 de maio de 1880. Em sua homenagem foi denominada, em 1923, Anna Nery, a primeira escola oficial brasileira de enfermagem de alto padrão. Em 1938, o presidente Getúlio Vargas assinou o Decreto n.º 2.956, que instituía o "Dia do Enfermeiro", a ser celebrado a 12 de maio.

A graduanda Gabriela Lima Silva destacou a importância da atuação de Anna Nery para a enfermagem brasileira. “Ela implantou e adotou métodos até então revolucionários para a época, especialmente diante do preconceito que havia em relação às mulheres. Com esse trabalho, a gente se apaixona ainda mais pelo curso que nos prepara para cuidar de pessoas como bons profissionais”, disse. Millani Cristina Tavares Costa enfatizou as grandes dificuldades enfrentadas pelos agentes de saúde na época da construção da ferrovia, notadamente por conta da escassez de recursos humanos e técnicos. “A enfermagem exige doação para o cuidar do paciente e o curso oferecido pela FIMCA tem despertado em cada um de nós a paixão pela enfermagem”, acrescentou. A aula mostrou a evolução e, de acordo com a graduanda Juliana Kohls, a enfermagem exige muita responsabilidade no lidar com pessoas. “Temos aprendido muito, o que nos leva a refletir sobre as dificuldades enfrentadas no passado para que pudéssemos ter a oportunidade de estar estudando para sermos profissionais da enfermagem”, mencionou Cícera Eilessandra. Segundo a professora Grace Kelly de Almeida, a proposta do seminário, em forma de teatro, é justamente envolver os alunos do 1º período em atividades que possam mostrar todas as dificuldades enfrentadas pelas precursoras da enfermagem e a evolução da profissão. “É uma metodologia construtiva em prol dos alunos”, acentua a docente.

A aula ministrada em forma de teatro mostrou a enfermagem praticada na época do Brasil colonial, quando predominava a crença religiosa e a cura com plantas medicinais, através da ação de lideranças indígenas. No tocante às obras de construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, os graduandos mostraram as epidemias de doenças tropicais, principalmente da malária, que matou milhares de operários e desafiaram a medicina da época. 

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