A FIMCA – Faculdades Integradas Aparício Carvalho – entra com força total na a Campanha Nacional de Combate à Dengue 2009/2010, coordenada pelo Ministério da Saúde, com o mote “Brasil Unido contra a Dengue”. A iniciativa dá continuidade às ações de prevenção e controle da doença, realizadas no país desde o ano passado.
Por meio da campanha, o ministério quer alertar a população para a importância de manter a mesma linha de atuação e evitar que o número de casos volte a aumentar. As medidas trouxeram resultados: entre 1º de janeiro e 1º de agosto de 2009, houve queda de 63% no número de óbitos, de 46% no número de casos gerais e de 80% nos casos graves de dengue – em comparação com o mesmo período de 2008.
Apoio da FIMCA
A campanha começa a ser veiculada dois meses antes do início do período de maior transmissão da doença, que vai de janeiro a maio. É nesse intervalo que ocorrem, aproximadamente, 70% das notificações. Serão veiculados quatro filmes de TV e cinco spots para incentivar a mobilização social, o combate aos criadouros do mosquito Aedes aegypti e o reconhecimento dos sintomas da doença. Pela primeira vez, as crianças terão um filme direcionado especificamente para elas. Também há materiais direcionados a gestores, profissionais de saúde e educadores, entre outras peças publicitárias.
Segundo o Dr. Aparício Carvalho, diretor geral da FIMCA, os vídeos produzidos pelo Ministério da Saúde serão veiculados na TVFIMCA, no site da instituição (www.fimca.com.br), e no circuito interno de TV, dentro da faculdade, através da EuTV.
“Além dos vídeos, o Ministério da Saúde produziu também a cartilha sobre a dengue (Decifra-me ou Devoro-te), destinada a profissionais da saúde, orientando a comunidade médica sobre procedimentos corretos no manejo da doença. Trata-se de um material importantíssimo com recomendações a serem adotadas quando suspeitar e diagnosticar clinicamente a dengue, indicando a realização de exames complementares e conduzindo adequadamente o tratamento”, ressaltou o diretor.
Recursos
Estão mantidos os recursos investidos nas ações de 2008/2009, incluindo a incorporação de R$ 128 milhões ao TFVS (Teto Financeiro de Vigilância em Saúde). O Teto Financeiro é um conjunto de recursos enviado pelo Ministério da Saúde para estados e municípios atuarem no controle de diversas doenças, como dengue, hanseníase e malária. Para 2009, o Teto Financeiro para todo o país será de R$ 1,02 bilhão.
Além do Teto, houve investimento de R$ 55 milhões em compras diretas do Ministério da Saúde até outubro deste ano especificamente para combater a dengue, com ações como campanha publicitária, treinamento e capacitação, equipamentos e insumos, entre outras atividades.
Insumos
O Ministério da Saúde tem estoque estratégico de medicamentos, inseticidas e equipamentos para combater a doença no Brasil. São 2,77 milhões de unidades de paracetamol (gotas e comprimidos), 2,03 milhões de frascos de soro fisiológico injetável e 562,7 mil envelopes de sais de reidratação oral que serão utilizados em situações epidêmicas. Essa medicação é essencial para a atenção ao paciente e será utilizada em situações epidêmicas em apoio aos estados e municípios.
Outros 250 mil litros de inseticidas e 3,5 toneladas de larvicidas serão distribuídos ao longo das ações de controle vetorial. Também há 6,5 mil kits de diagnósticos, suficientes para a realização de 170 mil exames. Além disso, em caso de necessidade, o Ministério da Saúde poderá colocar à disposição uma reserva estratégica de 77 nebulizadores costais motorizados e 142 equipamentos de fumacê.
Atividades de apoio
Agora em novembro, o Ministério da Saúde implantará em estado piloto o SINAN-WEB (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), ferramenta de registro e acompanhamento online dos casos de dengue, acessível às três esferas de gestão.
Também em novembro, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, visitará nove estados – Pernambuco, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Amazonas e Ceará – para mobilizar e articular o combate à doença com gestores e veículos de comunicação.
Outra medida será a coordenação do Levantamento Rápido de Infestação por Aedes aegypti como ferramenta para ações de controle do mosquito transmissor da dengue, entre outubro e novembro. Em parceria entre o Ministério e as Secretarias Estaduais de Saúde, o levantamento será feito em 169 municípios e servirá de base para estratificar cidades e bairros por grau de infestação. A divulgação dos resultados nacionais está prevista para 24 de novembro.
Até dezembro, o Ministério da Saúde supervisionará o uso do teste Elisa NS1 em 16 estados participantes do projeto Unidade Sentinela. Os estados da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Sergipe e Rio de Janeiro já foram supervisionados. Outros oito estados (Acre, Amapá, Ceará, Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Rondônia, Roraima) serão supervisionados até o fim do ano.
A função do projeto de Unidade Sentinela é aumentar o percentual de detecção dos sorotipos virais circulantes no país. Até o momento, circulam no Brasil os sorotipos virais DENV1, DENV2 e DENV3, sem registro do DENV4.
Até dezembro, profissionais do Ministério visitarão estados prioritários – Pará, Maranhão, Paraná, Rondônia, Piauí, Espírito Santo, Tocantins, Rio Grande do Norte, Mato Grosso e Ceará para assessorar na adequação dos planos de contingência locais às Diretrizes Nacionais.
Aproximadamente 300 mil médicos e 292.408 enfermeiros estão recebendo kits da publicação “Decifra-me ou Devoro-te”, compostos de manual, folder, cartaz e CD-ROM sobre a dengue. O material também está sendo entregue a 1,3 mil operadoras de plano de saúde. O kit orienta sobre aspectos clínicos da doença, mitos e erros sobre a dengue, classificação de risco e manejo clínico dos pacientes suspeitos e organização dos serviços de saúde.
O Ministério da Saúde também distribuirá 300 mil cartilhas para ACS (Agentes Comunitários de Saúde).