Em comemoração aos 50 anos da Bossa Nova, estilo musical que revolucionou sócio e culturalmente o Brasil e o mundo e também como parte da programação cultural da 1ª. Semana Acadêmica, os diretores das Faculdades Integradas Aparício Carvalho ? FIMCA e Faculdade Metropolitana promovem nesta terça-feira (06 de maio), a partir das 18h00, uma jam sessions no anfiteatro da Instituição com o grupo Bossa a três.
O repertório do show apresenta clássicos da Bossa Nova como “Garota de Ipanema”, “Chega de saudade”, “Desafinado”, “Samba de verão”, “O Barquinho” entre tantos outros sucessos. Bossa a Três ao mesmo tempo também homenageia compositores e intérpretes consagrados da Bossa Nova como Tom Jobim, Vinicius de Moraes, João Gilberto, Paulo Sérgio e Marcos Valle, o acreano João Donato, Sérgio Ricardo, Johnny Alf, Carlos Lyra, Baden Powell e entre outros.
As músicas serão interpretadas pelo trio de música brasileira, Bossa a Três, composto pelos músicos Robson Vasconcelos (Teclados e arranjo), Hagner (Bateria) e Alexandre Negreiros (Contrabaixo Acústico) o evento ocorrerá no anfiteatro das Faculdades Integradas Aparício Carvalho – FIMCA a partir das 17h00.
Segundo o coordenador do Curso de Ciências Biológicas da FIMCA e integrante do Bossa a Três, professor Alexandre Negreiros, “a Bossa Nova nos dias atuais acabou suprimida pela chamada música “pop” assim como ocorreu com o jazz nos anos 1970, com o advento das bandas de rock, e assim muitos artistas de jazz deixaram de gravar e consequentemente ficaram esquecidos”. Alexandre lembra que a partir do famoso conserto de Bossa Nova em 1962 no Carnegie Hall, de Nova York, este movimento musical que recebeu títulos pejorativos como “música de travesseiro”, conquistou o mundo que consagrou nomes como Antonio Carlos Jobim e João Gilberto. “Infelizmente atualmente é mais fácil ouvir Bossa Nova no Japão, do que no Brasil”, desabava.
Bossa Nova, um histórico
De início, o termo “bossa nova” referia-se a um jeito de cantar e tocar sambas, com certos trejeitos jazzísticos e uma pronunciada suavidade tanto no tratamento musical quanto no poético. Outra característica é a forma de cantar que contrastava com a forma de cantar da época.
Em 1957, em show realizado no Clube Hebraica, Rio de Janeiro, com a participação de Carlos Lyra, Ronaldo Bôscoli, Sylvia Telles, Roberto Menescal e Luiz Eça, como eles ainda eram jovens talentos desconhecidos, o coordenador do show chamou-os de “um grupo bossa nova apresentando sambas modernos”, de fato a Bossa Nova nasceu casualmente, fruto dos encontros de jovens da classe média carioca em apartamentos da zona sul, onde se reuniam par fazer e ouvir música.
João Gilberto se tornaria a grande referência do movimento por ter inventado a batida do violão, o mesmo violão que acompanhou duas faixas ? Chega de Saudade e Outra vez, do LP “Canções do amor demais” gravado por Elizeth Cardoso em 1958. O disco se transformaria no marco inicial da Bossa Nova. No ano seguinte, João Gilberto gravaria seu primeiro LP, intitulado “Chega de Saudade”, música composta por Tom Jobim e Vinicius de Moraes. Os três se tornariam, segundo os historiadores, “os pais da Bossa Nova”. O movimento também teria duas grandes musas ? a pré-Bossa ? Sylvinha Telles, e a musa da Bossa (segundo Sérgio Porto) – Nara Leão que, não demorou muito a romper com movimento.
Porém, 1962 seria o ano decisivo com a apresentação da Noite da Bossa Nova, no palco do Carnegie Hall, de Nova York com a presença de Tom, João Gilberto, Oscar Castro Neves, Carlos Lyra, Menescal, Luiz Bonfá, Sérgio Ricardo entre outros.
A Bossa Nova pode ser dividida em três fases distintas. A primeira (
A partir dos anos
Há quarenta anos Stan Getz, João Gilberto, Tom Jobim e Astrud Gilberto gravam o antológico Getz/Gilberto, com destaque para a faixa “The girl from Ipanema” (Tom e Vinicius). O disco ficou no 2º. Lugar da parada de sucessos da revista Bilboard durante 96 semanas em 1965. Além disso, o disco ganhou quatro das nove premiações do Grammy a que concorreu.
Para conhecer mais sobre a Bossa Nova, professor Alexandre recomenda o livro “Chega de Saudade ? A história e as histórias da Bossa Nova”, de Ruy Castro.
Fonte: Assessoria de Imprensa FIMCA e METROPOLITANA