Um debate sobre o descarte de embriões, realizado em forma de tribunal de júri no auditório do campus universitário, mobilizou graduandos do 1º período do curso de enfermagem da FIMCA (Faculdades Integradas Aparício Carvalho). A atividade faz parte da Disciplina de Embriologia, ministrada pelo professor Elessandro Milan, e envolveu os graduandos como mentores e protagonistas do debate nos papéis de juiz, advogados de defesa e de acusação, policiais, escrivães, vítima e infrator e testemunhas. As professoras Patrícia Negreiros, Ana Paula Rubira, Izabella Fraiz e Grace Kelly de Almeida atuaram como membros da banca de jurados.
A iniciativa, de acordo com o professor Elessandro Milan, tem como objetivo trabalhar o intelecto dos graduandos, incentivando-os a estudar sobre o tema em suas diversas variantes, desde a questão científica até a legislação vigente. Como existe muita controvérsia envolvendo a questão do uso de embriões, o debate mostrou essa realidade sob o ponto de vista acadêmico, com base em estudos científicos e sob o embasamento da legislação. A atividade também mostrou o quanto é importante baratear a fertilidade in vitro para atender casais que não podem ter filhos.
Os graduandos incorporaram os seus personagens e demonstraram terem estudado muito a respeito do tema para que pudessem estar bem preparados para a aula/debate. Antônio Manoel Neto disse que estudou muito a questão do descarte de embriões sob o aspecto científico e sobre o que a legislação em vigor dispõe com relação ao tema. “A gente aprende em sala de aula, mas é preciso que conheçamos o que realmente acontece na prática, analisando o que as pessoas pensam e como analisam a questão”, frisou.
Daniel Campelo, que atuou no papel de juiz, disse que precisou estudar muito sobre o assunto, principalmente por conta da complexidade do tema abordado. “Li e estudei livros sobre direito e pesquisei muito para me inteirar sobre a questão e fiquei muito feliz com o resultado da atividade”, disse. Vanessa Castro, que também interpretou o papel de advogada que defendia o direito de sua cliente em utilizar os embriões, não escondeu a satisfação pelo resultado do debate coordenado pelo professor Elessandro Milan. “Muito proveitoso, principalmente porque proporcionou uma ampla explanação sobre o descarte de embriões”, acrescentou.