Acadêmicas do Curso de Psicologia da FIMCA, Faculdades Integradas Aparício Carvalho, participaram da solenidade de lançamento da Cartilha “Diga Não ao Bullying”, produzida pela Escola do Legislativo, com o objetivo de colaborar com a campanha nacional contra o bullying. O lançamento ocorreu no plenário da Assembléia Legialativa na manhã do dia 11 de outubro.
Segundo o presidente do parlamento estadual, deputado Valter Araújo “a iniciativa ajuda a aproximar a Escola do Legislativo da comunidade”. A diretora da Escola do Legislativo, Dilma Maria Santos, apresentou a cartilha, que explica o que é bullying, como se pode identificar sinais nas crianças que sofrem com a agressão, a nova modalidade deste mal que é o cyberbullying ou bullying virtual, que é “a modalidade mais moderna e cruel, pois dificilmente se consegue identificar os agressores, pois não é sempre que se consegue saber a origem das mensagem”, afirmou Dilma.
Para as alunas de Psicologia, a cartilha é oportuna e vai possibilitar uma maior conscientização sobre um mal que precisa ser combatido não só na escola, como também em todos os grupos sociais. Ela facilita a identificação do bullying, que pode se dar de várias formas: a partir dos alunos para alunos (agressões físicas, morais, intimidação), alunos professores (agressões verbais, ameaças, especialmente se forem mais idosos, negros, homossexuais ou mais pobres) e professores para alunos (xingar, ameaçar, negar direitos, fazendo com que os alunos fiquem fragilizados perante a classe). Para erradicar essa ameaça é preciso envolver a todos, pais, alunos, professores e a sociedade. “Não é só punindo o agressor que o problema vai acabar”, salientou uma das acadêmicas.

Entenda o bullying
Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.
"É uma das formas de violência que mais cresce no mundo", afirma Cléo Fante, educadora e autora do livro Fenômeno Bullying: Como Prevenir a Violência nas Escolas e Educar para a Paz. Segundo a especialista, o bullying pode ocorrer em qualquer contexto social, como escolas, universidades, famílias, vizinhança e locais de trabalho. O que, à primeira vista, pode parecer um simples apelido inofensivo pode afetar emocional e fisicamente o alvo da ofensa.
Além de um possível isolamento ou queda do rendimento escolar, crianças e adolescentes que passam por humilhações racistas, difamatórias ou separatistas podem apresentar doenças psicossomáticas e sofrer de algum tipo de trauma que influencie traços da personalidade. Em alguns casos extremos, o bullying chega a afetar o estado emocional do jovem de tal maneira que ele opte por soluções trágicas, como o suicídio.