Acadêmicos do curso de Agronomia e Zootecnia da FIMCA, Faculdades Integradas Aparício Carvalho, tiveram no último sábado 20 de abril, uma aula interdisciplinar sobre solos na Embrapa, com o pesquisador na área de manejo de solos Angelo Mansur Mendes.
Tanto para o curso de agronomia, quanto para o curso de zootecnia a disciplina de solos é de grande importância, pois é a base da produção agrícola. “A gente tenta chamar a atenção da grande importância que é manejar corretamente o solo, conhecer o solo de cada região. Estamos situados em uma região tropical, onde o solo sofre forte intemperismo, ou seja, sofre grandes perdas de bases trocáveis, se tornando um solo pobre em nutrientes. Então esse solo precisa ser corrigido, sofre calagem quando necessário, que é o caso do solo em Porto Velho, que é pobre em nutrientes”, afirma a professora da disciplina de solos do curso de zootecnia, Marcela Campanharo.
Os acadêmicos reconhecem que é um diferencial ter essa vivência na prática “a aula de campo potencializa o conhecimento adquirido em sala de aula, o aluno tem a oportunidade de ter um contato direto, vivenciando melhor o que aprendeu na teoria. Com isso conseguimos, com certeza, aprimorar nosso conhecimento com mais dúvidas e questionamentos que nos trazem mais informações”, conta o acadêmico do 4º período de agronomia, Márcio Janio.
Estiveram presentes nas aulas, acadêmicos do 3º período de zootecnia pela disciplina de Solos, 4º período de zootecnia pela disciplina de Fertilidade do Solo e Adubação, 4º período de agronomia com a disciplina de Gênese do Solo e 8º período de agronomia pela disciplina de Fruticultura.
É unânime a opinião de que é extremamente necessário colocar os acadêmicos no campo para esse aprendizado, possibilitando uma melhor qualificação “eu não vejo como estudar solos, se não estiver visualizando no campo. Prática na parte de solos é essencial, porque por mais que você descreva, mostre fotografias, se não tiver uma vivência no campo e tentar agregar essas informações, não tem muito resultado. O solo sozinho não tem muita informação, ele tem que estar associado ao clima, a parte social e principalmente a produção”, afirma o pesquisador da Embrapa Angelo Mansur. A professora Marcela complementa “é muito importante trazermos os alunos aqui para visualizarem na prática o que é um solo, porque muitas vezes ele nunca viu, nunca pegou, nunca sentiu ou mesmo nunca prestou atenção. Então é considerável que ele tenha uma noção do ambiente, da paisagem, de onde ele tá situado. Além do mais esse tipo de aula aguça a curiosidade, estimulando que eles pesquisem mais sobre o assunto”.