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A influência da propaganda sobre o uso de medicamentos – O QUE FAZ BEM PRA SAÚDE?

13/09/2007 às 23h03min

Cada semana, uma novidade. A última foi que pizza previne câncer do esôfago. Tomate previne isso, cebola previne aquilo, chocolate faz bem, chocolate faz mal, um cálice diário de vinho não tem problema, qualquer gole de álcool é nocivo, tome água em abundância, mas não exagere. Diante desta profusão de descobertas, a pergunta é por onde começar?


 


Neste contexto está sendo pontuada a questão alimentar. E na terapêutica? Diariamente a mídia coloca a disposição de seus leitores milhares de informações sobre novos medicamentos que prometem o alívio para todos os males. Porém, em grande parte do material que deveria ser ?informativo?, das qualidades do medicamento, tem-se tão somente a diminuição e até omissão dos riscos quando por ele usado.


 


Informações essas que se apresentam na forma de mini-bulas com letras tão pequenas que é preciso utilizar de recursos de Sherlock Holmes para desvendar tal mistério. Paralelo a isso, tem-se ainda no mercado alterações de informações gráficas para gerar impacto visual, a propaganda desprovida de evidências científicas, sem referências bibliográficas e informações sem registro na ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).


 


E quando se fala em medicamento novo tem-se a seguinte realidade: a maioria dos ?novos? medicamentos é resultado de pequenas mudanças nas estruturas moleculares de medicamentos antigos, as quais não proporcionam nem representam melhorias ou ganhos substanciais sob o ponto de vista terapêutico. Além disso, nem sempre o fornecimento de um medicamento dito de ?última geração? é a primeira ou a melhor opção.


 


O responsável pela promoção de um novo medicamento que será vendido por um preço mais elevado, depende da promoção deste produto para manter seu emprego. Caso isso não ocorra o mesmo não estará apto a promover outros produtos, não encontrará outro trabalho que lhe pague tão bem e ele e sua família perderão a casa onde moram.


 


Que métodos promocionais você acredita que ele utilizaria? Segundo a SOBRAVIME (2001) a indústria farmacêutica possui um lucro aproximado de 40% sobre seus produtos, 35% deste lucro são investidos na comercialização de seus produtos e apenas 5% são reinvestidos em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos.


 


Para minimizar e até coibir tais procedimentos o Governo Brasileiro instituiu a Política Nacional de Medicamentos e junto a ANVISA procura regulamentar essas peças publicitárias de maneira que não exerça uma influência tão grande sobre o usuário ao ponto de o mesmo fazer pressão sobre o médico ao adentrar o consultório e exigir tal prescrição.


 


Com isso, esse órgão trabalha uma determinação da OMS quanto ao uso racional de medicamentos e envolve nesse processo o farmacêutico, inserindo-o na Rede para que o mesmo contribua dentro de uma equipe multidisciplinar para a promoção à saúde.


 


Texto escrito por Francimar Leão Torres, Farmacêutica, Mestre em Medicina e Saúde, Professora de Química Farmacêutica I e II do Curso de Farmácia da FIMCA.

Fonte: Assessoria de Imprensa FIMCA

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