Os compromissos com os pacientes e com a medicina, as realizações e as dificuldades enfrentadas cotidianamente nos consultórios e hospitais são o mote de uma campanha lançada nesta sexta-feira pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) para celebrar o Dia do Médico, comemorado em 18 de outubro.
Em vídeos que serão veiculados em TV aberta, canais de TV por assinatura e na internet, o dermatologista Marco Otávio Rocha Couto e o clínico Wendel Antônio Alves Moreira dividem as suas experiências, mostram os obstáculos impostos pela falta de recursos e infraestrutura, e ressaltam o valor do humanismo na relação médico-paciente. Ser médico me ensinou todo dia a valorizar a vida, diz Wendel Antônio.
No Brasil, existem cerca de 400 mil médicos formados no país ou que aqui tiveram seus diplomas legalmente revalidados. Há mais de dois séculos esses profissionais se dedicam à saúde dos cidadãos nas grandes e pequenas cidades, nas capitais e no interior. São milhões de consultas, exames e cirurgias realizados todos os dias e, para garantir o atendimento adequado a cada paciente. Os médicos precisam ter disponíveis recursos, condições e infraestrutura para lutar pela vida e pela boa saúde.
A atuação profissional deve ser simultaneamente humanista e ética e o Código de Ética Médica brasileiro oferece tanto ao profissional quanto ao paciente indicações da boa conduta com base em princípios éticos da autonomia, dignidade, veracidade, beneficência, não maleficência, justiça e honestidade. O texto, em vigor desde 2010, resulta da análise de 2.575 propostas encaminhadas por profissionais, especialistas e instituições durante dois anos.
A ética em verdade permeia todos os campos da atividade humana e assim, num contexto mais amplo, as relações na sociedade devem se pautar de forma mais solidária, menos desigual. Ser médico é enfrentar os desafios impostos pelas desigualdades, assumir seu papel na sociedade enquanto profissional e se emocionar com a gratidão dos seus pacientes, pondera Aloísio Tibiriçá, 2º vice-presidente do CFM.