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Cuidados com a Voz

06/08/2009 às 15h13min

Durante o encontro pedagógico da FIMCA, os professores e coordenadores participaram, na noite do dia 16 de julho, de uma palestra sobre os cuidados com a voz, proferida pela professora Ms. Judiléia Castro Silva Ramos.

Com o objetivo de fornecer informações sobre o funcionamento da voz e os cuidados que os profissionais da educação devem ter para evitar riscos à saúde, a palestra serviu de alerta sobre a importância desses cuidados na rotina diária do professor e contra os pecados cometidos contra a voz, como ingestão exagerada de bebidas alcoólicas, uso de cigarro e excesso de cafeína.

Dos profissionais que trabalham com a voz, os recordistas de atendimentos são os professores. A maioria chega aos consultórios com rouquidão, quase sem voz, sendo estas manifestações que acometem as pregas vocais que estão na laringe (doenças na laringe). Por isso, a palestra foi iniciada com uma explicação sobre as importantes funções que a laringe possui para o fenômeno da fala. Em seguida foram realizadas algumas atividades práticas com os docentes, a fim de avaliar a função da respiração e fonação, tendo uma efetiva participação de todos.

Para a professora Judiléia, os cuidados com a voz são importantes porque melhoram as condiçõs de trabalho dos docentes. “Investir nesse tipo de conscientização significa investir em ações de promoção da saúde, que resultam em melhoras consideráveis no desempenho dos professores”.

No final, ensinou alguns exercícios práticos de aquecimento e desaquecimento vocal, para os professores utilizarem no seu dia-a-dia, a fim de terem, ao final de suas aulas, uma boa qualidade de voz.

A professora, que também é fonoaudióloga, chamou a atenção para alguns cuidados básicos com a saúde vocal, tais como:

– tomar água freqüentemente, em pequenos goles, para hidratar a boca e a garganta, principalmente quando estiver fazendo uso assíduo da voz;

 

– comer maçã, por ter um teor adstringente que limpa as pregas vocais;

 

– evitar comidas condimentadas e alimentos gelados ou muito quentes;

 

– realizar repouso vocal (ficar sem falar) após uso intensivo da voz;

 

– dormir bem é um ótimo remédio para a voz;

 

– ter uma alimentação equilibrada, evitar alimentos gordurosos e de difícil digestão: o refluxo irrita as pregas vocais e piora a voz;

 

– reduzir o uso da voz quando estiver resfriado ou com alergias respiratórias;

 

– evitar gritar ou falar com força, para não agredir as pregas vocais;

 

– evitar falar em tom muito grave ou agudo, fale em seu tom habitual, sem esforço;

 

– evitar competir com ambientes ruidosos, nesses lugares, evite conversar;

 

– evitar tossir ou pigarrear. Procure ajuda médica para descobrir as causas do excesso do muco;

 

– evitar falar ao realizar exercícios físicos;

 

– evitar mudanças bruscas de temperatura (choque térmico) tanto em relação ao clima quanto a líquidos ingeridos;

– evitar o uso de pastilhas, sprays, balas mentoladas e gengibre, que mascaram a dor no momento do uso da voz. Sentir dor é um aviso de que há tensão (força) ao falar;

– não fumar, pois o cigarro, além de aumentar o pigarro, provoca laringites crônicas e câncer de laringe;

– não ingerir álcool com freqüência, pois o consumo predispõe o indivíduo ao câncer de laringe;

– não cantar sem ter a voz educada por um profissional;

– procurar auxílio do médico otorrinolaringologista ou do fonoaudiólogo caso a alteração vocal permaneça por mais de 15 dias.

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