O biólogo e pós-graduando em Perícia Ambiental, Rafael Acorsi Soares ministrou curso de Osteotécnica de crocodilo nas Faculdades Integradas Aparício Carvalho ? FIMCA. O curso que teve duração de sessenta dias totalizando 240 horas contou com a participação de acadêmicos de Medicina Veterinária e de Ciências Biológicas.
O animal dissecado pelos os acadêmicos durante as aulas foi um Jacaré-Açu, medindo quatro metros e vinte. Este animal, cujo nome científico é Melanosuchus niger, muito comum na região amazônica, foi encontrado há dois anos no bairro Cai N?água sendo capturado pelos bombeiros, mas por estar muito ferido acabou morrendo e foi doado para estudos nos Cursos de Medicina Veterinária e Ciências Biológicas da Faculdade FIMCA.
Os acadêmicos identificaram todas as estruturas esqueléticas para depois montar o animal que integrará o acervo do museu de História Natural da FIMCA. Os alunos receberão um certificado e aqueles que tiverem interesse de continuar participando serão os próximos monitores dos demais trabalhos que a coordenação de Medicina Veterinária e Ciências Biológicas pretendem realizar no laboratório de Anatomia da Instituição.
O coordenador de Medicina Veterinária, professor Franck Murani explica que ?a FIMCA tem recebido inúmeros animais apreendidos pelo IBAMA, Polícia Ambiental e também pelos bombeiros, mas estes animais acabam morrendo. Então recebemos estes animais e na medida em que temos condições nós trabalhamos com eles, senão são congelados para depois serem preparados.?
Rafael Acorsi afirma que ?de alguns destes exemplares serão montados o esqueleto e outros faremos a chamada Taxidermia de pele cheia que também farão parte do acervo de animais da fauna silvestre da taxionomia da região para serem expostos ao público neste museu de História Natural da FIMCA, não apenas para a comunidade acadêmica como para a comunidade em geral?.
?Taxidermia nada mais é que o embalsamento, a preparação da pele do animal e do seu esqueleto. Se for um vertebrado há a condição de trabalharmos tanto a pele ou couro, ou o esqueleto. No caso de mamíferos, é fácil, pois podemos fazer a montagem de um esqueleto e também ter a sua pele cheia?, finalizou.
De acordo com o coordenador de Ciências Biológicas da FIMCA, professor Alexandre Negreiros ? ?FIMCA é a primeira Faculdade da região que possui em seu acervo um exemplar como este completo com esqueleto montado. A FIMCA irá construir uma base e uma redoma de vidro para que o esqueleto seja colocado dentro desta estrutura para apresentação aberta também para estudantes do ensino médio e fundamental.?
Foto/legenda – O biólogo Rafael Acorsi Soares, o coordenador de Ciências Biológicas da FIMCA, professor Alexandre Negreiros e o coordenador de Medicina Veterinária da FIMCA, professor Franck Murani posando junto ao esqueleto montado de um Jacaré Açu, medindo quatro metros e vinte em exposição no laboratório de Anatomia da Faculdade.
Fonte: Assessoria de Imprensa FIMCA