Na última sexta-feira (30 de maio) a professora Aline Vilela juntamente com acadêmicos do quinto período Curso de Enfermagem das Faculdades Integradas Aparício Carvalho ? FIMCA receberam a visita de Esio Lucena, que há dez anos sofre de Esquizofrenia e que esteve na Instituição para ministrar uma palestra sobre sua passagem pelo Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).
Munido do seu violão, carisma e bom humor, Esio Lucena falou por mais de uma hora sobre sua experiência de vida, suas internações, o apoio dos pais, o CAPS, tocou violão, cantou, fez brincadeiras e também respondeu as perguntas formuladas pelos acadêmicos e pela professora Aline. Durante a palestra Esio homenageou o diretor da FIMCA, Aparício Carvalho, cantando uma música que fizera para ele.
De acordo com a professora Aline, Esio passou por várias internações, mas atualmente faz tratamento apenas no Centro de Atenção Psicossocial CAPS que é voltado para o atendimento ambulatorial para doentes mentais. ?Há três anos ele não entra em crise e nem é internado. E a presença do Esio aqui na FIMCA realizando esta palestra e contando sobre a sua vida, reforça a importância do atendimento ambulatorial além de desmistificar para os alunos de que um doente mental precisa estar internado, de que é uma pessoa totalmente dependente, sem autonomia pessoal?.
Professora Aline afirma que ?o objetivo da Assistência de Enfermagem durante o cuidar da saúde mental é tirar este paciente da crise, fazer com que ele se sociabilize novamente para que possa conviver em sociedade dentro dos limites da patologia que ele tem lhe permite?.
Em Porto Velho já existem dois CAPS instalados e dois em desenvolvimento. Um deles, chamado de CAPS AB, trata especificamente de pessoas com problemas com álcool e drogas. O CAPS não oferece internação e nem leitos de observação, mas disponibiliza atendimento ambulatorial multidisciplinar com médicos, psiquiatras, psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais que fazem as oficinas de trabalhos manuais, teatro, todas as terapias que ajudam na recuperação dos pacientes.
?O evento contou com o apoio da direção da FIMCA, da coordenadora de Enfermagem, professora Mônica Freiberger e ainda da coordenação Estadual de Saúde Mental que nos indicou o paciente que eles têm como exemplo do sucesso do trabalho desenvolvido por eles?, finalizou Aline.
Depois da palestra, que aconteceu na Sala 26, prédio azul anexo da FMCA, os acadêmicos apresentaram trabalhos manuais realizados por eles como colagem e pintura. Na palestra anterior, realizada na terça-feira (27) na FIMCA também por Esio Lucena, os alunos apresentaram trabalhos realizados em madeira e ainda fizeram uma apresentação musical. Os trabalhos foram apresentados com o intuito de mostrar a importância das oficinas com objetivos terapêuticos.
Fonte: Assessoria de Imprensa FIMCA