Na última segunda-feira, 31/10, acadêmicos dos cursos de Pedagogia, Farmácia e Educação Física, das Faculdades Integradas Aparício Carvalho (FIMCA), e Metropolitana, realizaram o IV Encontro de Arte e Cultura Surda no auditório da Instituição.
As Línguas de Sinais (LS), são as línguas naturais das comunidades surdas. Ao contrário do que muitos imaginam as Línguas de Sinais não são simplesmente mímicas e gestos soltos, utilizados pelos surdos para facilitar a comunicação. São línguas com estruturas gramaticais próprias.
O objetivo do encontro foi proporcionar aos acadêmicos a vivência e o contato com a Língua Brasileira de Sinais (Libras), por meio da arte, cultura, língua e acesso aos grupos que participaram do evento, através das associações de surdos e intérpretes de Porto Velho.
A programação teve início com o Hino de Rondônia em Libras, em seguida uma mesa redonda com o tema: Educação de Surdos em Rondônia com ênfase no Ensino Superior, composta por: Marcus Antônio Loureiro – Presidente da Associação de Professores, Parentes, Amigos e Intérpretes dos Surdos de Rondônia (APPIS), Danilo Ramos da Rocha – Presidente da Associação dos Surdos de Porto Velho (ASPVH), Arine Holanda dos Santos – Professora de Libras da Escola Legislativo, Neide Alexandre do Nascimento – Professora Bilíngue e Intérprete Tradutora de Libras/Português, Ricardo do Nascimento – Projeto café com libras.
Alunos da Escola Bilíngue de surdos de Porto Velho, fizeram apresentação, Capoeirando com Libras, em conjunto com os professores de capoeira: Iaurecy Souza e Márcio Fabrício, o teatro do Grupo Arte e Cultura Surda, foi representado pelos alunos: Pablo Brasil e Joana Silva.
Minicurso de Libras, postura corporal para o uso da Libras, e encerrando com música em Libras pelos acadêmicos de Pedagogia, foram as atividades realizadas durante o evento.
A Professora e palestrante, Neide Alexandre, fala da importância da língua (Libras), está inserida no cursos de graduação. “As pessoas surdas muitas vezes se sentem excluídas pela sociedade, se sentem estrangeiros dentro do seu próprio País, e na faculdade nós ensinamos aos nossos acadêmicos, que as pessoas surdas, elas constroem as suas identidades a partir da interação com o outro e para haver essa interação eles precisam aprender essa língua de sinais e quem faz essa comunicação acontecer somos nós professores desde a educação básica infantil até a educação superior. Essa acessibilidade linguistica é essencial para que os surdos se sintam mais aceitos, eles encontram muitas barreiras de comunicação na sociedade e essas barreiras só vão acabar a partir do momento em que eu como ser humano, buscar aprender essa língua para dar essa acessibilidade a outra pessoa seja ela surda, para que essa construção seja positiva para ambos os lados”.