Trabalho realizado pelos graduandos Diogo Siqueira e Cássio Borges, do 9º período do curso de Zootecnia das Faculdades Integradas Aparício Carvalho (FIMCA), como estagiários da Oikos, empresa especializada na área de consultoria e projetos, já permitiu detectar sérios problemas relacionados às pragas que infestam rações destinadas aos animais de companhia e de corte em Porto Velho. Segundo o biólogo Fábio Medeiros da Costa, da Oikos, o levantamento feito pelos dois graduandos da FIMCA já permitiu identificar mais de 40 mil pragas em diversas rações. “Esse número é bastante expressivo e importante para área das Ciências Agrárias e Saúde Animal”, disse o biólogo.
O graduando Diogo Siqueira enfatiza que tem aprendido bastante com o trabalho realizado na Oikos, resultando no enriquecimento, em termos de conhecimentos, à sua carreira acadêmica e científica. Ele considera o estágio uma grande oportunidade para a identificação das pragas. “O resultado mostra uma proporção surpreendente porque não esperávamos encontrar tantas amostras de pragas que incidem sobre os alimentos para animais”, acentua. Cássio Borges acrescenta que o estágio na Oikos representa a abertura de espaço para o aprendizado prático, com base no ensino teórico adquirido em sala de aula. “O trabalho é fundamental no processo de preparação para o mercado porque, além de inédito, é muito abrangente e contribui para estudos que visam o controle das espécies de pragas catalogadas”, explica. Diogo Siqueira e Cássio Borges destacam que o curso de Zootecnia da FIMCA oferece oportunidades para um mercado de trabalho bem abrangente em todo o estado.
O levantamento realizado por Diogo Siqueira e Cássio Borges está sendo importante para a identificação de pragas que infestam rações disponíveis nos estabelecimentos comerciais, objetivando o controle da qualidade da saúde animal. As atividades começaram a ser realizadas no segundo semestre do ano passado quando foram definidas as diretrizes e montadas as estratégias, incluindo a classificação dos estabelecimentos para o levantamento dos tipos de rações. O biólogo Fábio Medeiros da Costa avalia que, além do acompanhamento, o trabalho dos dois graduandos possibilitou um banco dados com mais de 40 mil amostras de 13 espécies de pragas, a maioria com inscrições novas na região em todos os tipos de rações que contribuem para a perda quantitativa e a perda da qualidade nutricional.
Fábio Medeiros da Costa destaca a importância do trabalho realizado pelos graduandos do curso de Zootecnia da FIMCA, tendo em vista que o consumidor adquire o alimento para os seus animais sem saber que está contaminado. “Consumido, o alimento contaminado causa fungos e bactérias nos animais”, acrescenta o biólogo, informando que o levantamento inclui alimentos para cães, coelhos, aves, gatos, peixes e suínos. O tribolium castaneum, besourinho de coloração castanho avermelhada, que ataca todos os tipos de cereais moídos, como farelo, rações, farinhas, fubá e grãos quebrados, é a espécie mais frequente porque é um inseto adaptado ao ambiente dos armazéns.