Mesa redonda reúne professores e graduandos dos cursos de Psicologia e de Serviço Social da FIMCA (Faculdades Integradas Aparício Carvalho) em debates sobre políticas públicas direcionadas para as áreas da infância e da adolescência. A proposta é estimular as discussões sobre o exercício dessas profissões e de suas atuações em equipes multiprofissionais nas áreas destinadas ao atendimento de crianças e adolescentes, bem como às suas famílias. O Assistente Social Carlos Henrique Gomes Souza, do Ministério Público, observou que trabalhar de forma integrada é necessário no âmbito das políticas públicas, tendo em vista que a análise criteriosa dos casos atendidos requer conhecimento de outras profissões. Segundo ele, atuar de forma integrada é importante para que o atendimento seja humanizado e adequado, principalmente por estar lidando com vidas. “Isso exige muita responsabilidade dos profissionais das áreas de Psicologia e de Serviço Social porque estão na ponta do atendimento de uma camada social vulnerável. É preciso reflexão e capacitação contínua para atender a demanda existente”, disse.
Avanços das políticas públicas em prol da infância e da adolescência foram destacados, mas a mesa redonda também mencionou deficiências que ainda existem e que afetam grande parte da população brasileira. “Quando se fala em políticas públicas deve-se destacar o resgate histórico em benefício da criança e do adolescente”, disse o Psicólogo Marcos Paulo Soares, do 1º Juizado da Infância e da Juventude. Ele entende que o cenário local deve ser analisado porque ainda não atende a legislação, principalmente quanto às políticas básicas, incluindo a falta de infraestrutura que permita às crianças conviverem em comunidade. “Falta espaços, previstos em lei, que beneficiem às crianças e os adolescentes. Além disso, a oferta de vagas em creches ainda é deficiente. Estamos falando de direitos e não de privilégios”, acrescentou.
A iniciativa também leva em consideração que as instituições de ensino superior têm o dever de promover espaços de discussões democráticos para que seus discentes, docentes e a comunidade possam refletir sobre as questões sociais emergentes, bem como as intencionalidades políticas que se configuram como um retrocesso para os direitos já assegurados aos cidadãos. A Professora Maria Cristina Silva Calori, coordenadora do curso de Psicologia da FIMCA, disse que a mesa redonda também é realizada para recepcionar os novos graduandos de Psicologia e de Serviço Social. “Quando se sabe trabalhar em conjunto fica bem mais fácil encontrar alternativas de solução para os problemas enfrentados”, frisou.
A coordenadora do curso de Serviço Social, Professora Helena de Jesus Abreu Araújo, considera a temática como importante para a atualização e a reflexão dos graduandos porque já os coloca diante de questões com as quais estarão lidando depois de formados. A abertura do evento foi prestigiada pela Dra. Maria Sílvia Fonseca Ribeiro Carvalho de Moraes, Vice-Diretora da FIMCA, que destacou a importância da integração entre os graduandos dos cursos de Psicologia e de Serviço Social. Ela deu as boas vindas aos novos graduandos e enalteceu a iniciativa das coordenações e dos docentes. Hoje à noite haverá, também no auditório do campus universitário, mesa redonda destacando o tema “O papel dos Conselhos de Classe para a discussão de políticas públicas”, com a participação de representantes do Conselho Regional de Psicologia (CRP 20/RO) e do Conselho Regional de Serviço Social (CRESS/RO), tendo como mediadora a Profa. Me. Daniella de Souza e Pereira.
